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7 de janeiro de 2014

A honestidade de Cristo e nossa desonestidade com os outros


  por Cleison Brugger
Baseado em Mateus 11:2-10


João Batista estava na prisão quando mandou dois de seus discípulos irem até Cristo fazer uma pergunta um tanto quanto intrigante: "És tu Aquele que havia de vir, ou devemos esperar outro?" (Mt. 11:3). Ele está perguntando: você é mesmo o Messias ou devemos esperar que outro venha? bem, esse não é o tipo de pergunta que deveria ser feito a Jesus, e em se tratando de João Batista, essa pergunta é um tanto estranha. Eu certamente diria: que pergunta é essa, João? você batizou o Cristo, reconheceu sua messianidade, você sabia piamente que seu prórpio ministério era o de "preparar o caminho do Senhor", em suma, você mesmo confessou que Jesus era o cordeiro de Deus! parece que a prisão minou a fé de João Batista. Mas não conclua isso tão depressa.

Quando os discípulos saem para contar o que Jesus havia dito, Jesus sai em defesa de João Batista, dizendo: "que saístes a ver no deserto? uma cana agitada pelo vento? sim que saístes a ver?" (Mt. 11: 7, 8a). Ele está dizendo: o que vocês foram procurar? alguém maleável, instável, levado por ventos? alguém que é movido pelas circunstâncias? bem, se foi, não foi a João Batista que vocês foram procurar. Isso é nobre, muito nobre! e eu quero aprender com Jesus. Jesus sai em defesa de João Batista depois de ele vir com uma pergunta aparentemente incrédula. Jesus olha pra todo o contexto da vida de João e conclui: esse tipo de pergunta não provém de um coração incrédulo, porque João não é assim. Eu conheço João. Portanto, se ele está perguntando isso é porque tem seus motivos como querer suscitar a fé de seus próprios discípulos, mas não é incredulidade.

Eu preciso aprender a discernir. A saber estudar o contexto da vida de alguém antes de julgá-la por um ato cometido, uma palavra falada, um gesto mal dado. Eu devo parar e pensar: olhando para esta pessoa, ela geralmente age assim? se não, há um motivo para ela agir assim agora, e eu preciso ajudá-la. O nosso grande problema é que nós nunca nos concentramos naquilo que os outros nos fazem de bom, mas perdemos noites de sono por aquilo que nos fizeram de ruim, mesmo sabendo que, às vezes, uma pessoa age diferente com a gente, mas não é de seu caráter fazer assim; precisamos ser mais honestos. O texto diz que quando os discípulos saíram, Jesus testemunhou a favor de João. Que exemplo! porque muitos de nós, quando somos colocamos em prova por alguém, quando as testemunhas saem, nós detonamos, difamamos e mal-falamos a pessoa em questão.

O filho mais velho de Noé, Sem, quando soube que seu pai estava nu no meio de sua tenda, foi até lá de costas, de cara virada e cobriu seu pai. Seu ato dizia: eu não quero ter acesso a sua vergonha. Sem não chamou seu pai no canto e disse: toma vergonha na cara, você é um pai de família! Não! o próprio Deus deu testemunho por Noé dizendo que ele era um homem íntegro em sua conduta (Gn. 6:9), logo, Sem pensou: se meu pai está agindo assim, eu devo cobrí-lo, porque não é de seu perfil agir dessa forma. Ele deve estar num mau dia. Que exemplo de Sem! eu preciso aprender com Sem. A cobrir a vergonha do outro, a deixar passar, a fingir que não aconteceu nada, em suma, a entendê-lo.

A desonestidade é terrível. Tratamos as pessoas como se nós nunca tivéssemos agido alguma vez como elas. Suscitamos padrões que nem nós mesmos conseguimos manter. Exigimos do outro aquilo que nem nós fazemos. Que sejamos movidos a mudar, pelo exemplo de Cristo e de Sem. A começar po mim.
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6 de janeiro de 2014

Amor à Vida e a analogia ao Evangelho

por Cleison Brugger
Confesso que não vejo novela. Aquilo de parar e acompanhar uma, do início ao fim. Mas as circunstâncias me levam a ter que conviver com elas, de alguma forma. Em todo lugar, alguém acompanha por mim. E como toda novela da Globo, a trama de "Amor à Vida" tem prendido a atenção de muita gente, e ela tem me chamado a atenção também por um motivo, e eu digo o porquê.

Por hora, digo que
Walcyr Carrasco não precisava apelar tanto a fim de inserir na trama um elenco pseudo-evangélico e uma pseudo-igreja. Nem o Kleber Lucas precisava se vender para cantar num pseudo-culto de ceia, profanando uma das mais sacras celebrações da religião cristã. A novela tem mostrado mostrado o evangelho de outra forma.

Pode ser que, depois de ter lido "As Crônicas de Nárnia", eu tenha adquirido alguma sensibilidade de ver o evangelho nas coisas, e olhando para a novela, eu também o encontro ali. Não ele propriamente dito, mas uma analogia a ele. O personagem Félix, contracenado pelo ator Mateus Solano, aprontou poucas e boas. Fez maldades além da medida. Foi tão longe que qualquer pessoa o taxaria de imoral e insano. E depois de ter perdido tudo e ser "convidado a sair" de casa, se encontrou no fundo do poço, sem merecer qualquer tipo de misericórdia. Ainda assim, um amor generoso (o que a Bíblia chama de caridade) o acolheu. O acolheu mesmo o conhecendo e sabendo de tudo o que ele tinha feito. A personagem Márcia, contracenada pela atriz
Elizabeth Savalla, o levou para sua casa e o sustentou. deu-lhe um lar, um trabalho, um teto. Não era luxuoso como antes, mas o necessário para tocar a vida. E aquele gesto de amor - cujo qual ele sabia que não merecia! - fez com que ele, por assim dizer, fosse tranformado numa nova pessoa. Ele ainda sente que é mal, mas pede perdão as pessoas que ele ofendeu e traiu. E ele é grato, muito grato pela personagem Márcia que o acolheu, e faz questão de dizer que sua mudança veio em detrimento daquele gesto. Um gesto de amor que o conquistou de tal forma, que a sua vida foi "transformada".

O que quero dizer? que o mundo anseia pelo Evangelho! o mundo está cheio de pessoas abandonadas pela família, à mercê da sociedade, pessoas que sentem profundamente que não são dignas de misericórdia. A culpa, muito embora seja tratada na pós-modernidade como uma neurose (isso por Freud reinar em nosso tempo!), ela ainda é um problema. A consciência grita que somos maus! Quem em certa medida, carecemos de perdão e reconciliação com alguém e com nós mesmos. Há algo de errado com o nosso modus operandi  porque fazemos e fazemos e parece que nunca alcançamos a medida. Em suma, precisamos profundamente de algo! O que será?
O que a trama tem encenado é nada mais do que o Evangelho, onde Cristo nos recebe mesmo sabendo quem somos, o que fazemos e por onde andamos. Mesmo tendo acesso aos nossos pensamentos e a situação de nossa miséria. E ainda assim, nos chama de filhos, nos faz sentar em sua mesa e nos dá uma nova identidade. Sabendo que estamos debaixo da ira de Deus em razão de tudo o que fizemos, ele mesmo vai ao Pai e garante o nosso perdão, mesmo sabendo que a condição para tal deveria ser nos substituir numa morte sangrenta, vergonhosa e dolorosa. E quando olhamos para este ato de miseriórdia nós somos "constrangidos pelo seu amor" (2 Co. 5:14). Esse amor nos leva a entender a graça, aquilo que é feito mesmo sem merecermos, onde Cristo morre por nós sendo nós ainda pecadores (Rm. 5:8). Eu somente sou aceito porque ele morre.
 O amor generoso da Márcia recebe sem olhar para o que o Félix fez, e o amor de Cristo faz, em suma, a mesma coisa. Ele toma o que é nosso! Ele toma a nossa vergonha, o nosso estado de miséria, nossas fraquezas, desilusões, ódio e crava com ele na cruz. E nós caimos prostrados diante disso porque não merecemos tanto, e então, somos forçados graciosamente pelo Espírito a mudar. O amor de Cristo não só constrange como transforma. Quem prova dele nunca mais é o mesmo. Paulo escreve que o amor de Cristo nos constrange (II Co. 5:14) e no mesmo contexto acrescenta: "E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (...) Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo (II Co. 5: 15, 17).
Eu creio que a soberania de Deus usa mal para bem, e faz com que uma novela tão imoral seja usada como uma analogia ao evangelho.
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

2 Coríntios 5:15-17
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Coríntios 5:15
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4 de dezembro de 2013

E Isaque "conheceu" Rebeca.. será?

 por Cleison Brugger

"Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe” (Gn. 24:67)

Não, o texto não dá margem para o sexo fora do casamento. Se lermos atentamente o capítulo 24 do Gênesis, vamos ver que Isaque está mais do que casado com Rebeca. Abraão manda com que Eliézer vá buscar uma noiva para seu filho Isaque (Gn. 24: 2-4). Quando Eliézer se certifica que é Rebeca, ele lhe dá presentes - o que equivalia a uma aliança de noivado (Gn 24:22; 53), Rebeca é questionada: "irás tu com este varão?" (Gn. 24:58) o que equivale a pergunta "você aceita este tal Isaque como seu esposo?", ela responde que sim e então, recebe a bênção (Gn. 24:58). Tanto é que no encontro com Isaque, a noiva Rebeca está de véu (Gn. 24:65). Não se questiona o porquê Isaque conheceu Rebeca. Eles eram casados, poderiam proceder assim. A pergunta é: que tipo de conhecimento Isaque precisava realmente ter?


O problema é que Isaque priorizou a intimidade com uma pessoa que ele conhecia pouco, muito pouco. Rebeca era bela. O mais belo manequim da região. Mas como diz o ditado, "quem vê cara não vê coração". Esse é o problema. Isaque estava abalado e precisava ser consolado pois três anos antes sua querida mãe tinha morrido. Rebeca serviu a este propósito deitando-se com Isaque. Eles se conheceram sexualmente. Mas não se conheciam nada relacionalmente. Tudo vai muito bem neste casamento, até que os filhos chegam! e então, Rebeca revela quem ela realmente é.

Na verdade, Rebeca revela ser uma pessoa que Isaque não conhecia. Isaque conhecia o seu corpo, mas não seu coração. O irmão de Rebeca, Labão, mais à frente, enganará a Jacó, seu filho. Ele é traiçoeiro. Malandro. Ele sabe manipular. E Rebeca não é diferente. Com o mesmo Jacó, ela arma toda uma cena para que seu filho preferido leve a melhor. Ela encoraja Jacó a enganar Isaque, seu pai. Ele rouba a autoridade. Ela, na verdade, é autoritária. Sem o consentimento do líder da casa, ela diz: "Agora, pois, meu filho, ouve A MINHA voz: levanta-te a acolhe-te a Labão, meu irmão, em Harã" (Gn. 27:43). Ao invés de apresentar aquele impasse ao líder da casa, ela simplesmente dá as cartas, levantando a voz e pisando na liderança de seu esposo. Tudo isso porque Isaque a conheceu intimamente, mas não a conheceu de forma honesta a respeito de sua pessoa e caráter. A ausência de Betuel, pai de Labão e Rebeca, fizeram deles dois irmãos mimados cujas vontades sempre foram feitas. Agora, eles são adultos autoritários e enganadores. Rebeca não sabe o que é estar debaixo de uma liderança. Mas ela sabe liderar! e o pior: ela lidera uma divisão em sua própria casa!

Você não casará com um corpo, mas com uma pessoa. Intimidade fora do contexto do casamento é muito, muito perigoso. Agora, não é o momento de conhecer sexualmente o seu parceiro, mas conhecê-lo relacionalmente, saber quem ele é e, então, verificar se vocês estão preparados para dar um passo à frente na relação. O índice de relacionamentos acabando por aí revela que a grande maioria se une sem se conhecer, e na verdade, só se uniram porque o sexo bateu na porta e eles abriram. Isaque não é parâmetro! Cristo é! E Cristo só se une espiritualmente com sua noiva, só chama a noiva à mesa da comunhão, depois de conhecê-la e saber que ela está purificada de seus pecados e lavada de suas injustiças pelo seu sangue.

Muitas pessoas que conhecemos sofreram e estão sofrendo as consequências de pecados sexuais, gravidez indesejada e tantas outras coisas porque não priorizaram o tipo de conhecimento que deveriam ter primeiro. Deus ordena que haja muito sexo, no casamento. Fora dele, Deus ordena que haja muita clareza e que vocês se conheçam tanto quanto puderem! Aquele cara bonitão é capaz de te abandonar com um filho nos braços! Aquela garota sensacional é capaz de te trocar por outro. Conheça agora no namoro para que, no casamento, vocês gastem muito tempo se conhecendo! Lá, e somente lá, é liberado se "conhecer".
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Seu casamento não é nada!

Cristo é superior a todas as coisas! Tudo o que é colocado ao lado de Cristo perde o seu valor. Tudo o que somos e o que temos não é comparado ao que Cristo é e tem. Um grande exemplo disso é o seu casamento.

Já parou para pensar como o seu casamento não é nada comparado ao casamento de Cristo? com o seu se torna insignificante diante do Dele? como o seu serve apenas como uma sombra embasada para revelar a grandeza e majestade do verdadeiro casamento que é de Cristo e sua igreja (Ef. 5:25)?

1. Seu encontro com seu esposo ou sua esposa começou em algum momento no tempo. Vocês se conhecem e sem amam, mas isso começou em algum lugar. Vocês se CONHECERAM. Isso quer dizer que antes vocês nem sequer sonhavam que o outro existia. Em contrapartida, Cristo amou a igreja muito antes de o mundo existir (Ef. 1:4, 5). As Escrituras revelam que o Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (Ap. 13:8). Cristo amou sua igreja a si mesmo se entregou por ela, muito antes de qualquer um de seus eleitos existir. Cristo já conhecia a noiva com quem casaria!

2. Os preparativos para o seu casamento começaram há um tempo, mas os preparativos para as bodas do Cordeiro iniciaram desde a fundação do mundo. " Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt. 25:34).

3. Não importa a quantidade de amigos, parentes e conhecidos você tenha, como também não importa se o salão que você vai alugar é o mais badalado da cidade e que causará inveja aos demais, Cristo te supera! Nem mesmo seu bairro inteiro saberá que você casou, ainda que você pare duas avenidas e a imprensa cubra as cenas do matrimônio, contudo, quando Cristo vier buscar a sua noiva, as Escrituras revelam que "todo olho O verá" (Ap. 1:7). Reis e seus reinos, líderes das mais altas condecorações, todos o verão e se dobrarão ante à majestade do noivo. "Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor" (Fp. 2:11).

4. Não é triste saber que, mesmo que você prepare a melhor festa, com o melhor buffet, no melhor salão, isso durará apenas algumas horas? duração pressupõe término, mas as bodas do Cordeiro será celebrada eternidade a dentro! não importa quão suntuosa foi a ornamentação, quão frenética a discoteca, quão belas as roupas, quão requintado o buffet, quão bem ensaiado os padrinhos, seu casamento será lembrado por alguns dias, semanas, meses, mas não passará disso. Arrisque, depois de alguns anos, perguntar a alguém sobre ele e alguns perguntarão: "foi em que salão mesmo?" Mas as bodas do Cordeiro será aclamada, festejada e lembrada por toda a eternidade, justamente porque agora, os olhos dos homens estarão voltados para apenas um fato: o casamento de Cristo e sua noiva.

Este casamento deve ser amado, esperado, aguardado, ansiado, orado e regozijado porque a noiva somos nós. O Cordeiro nos conquistou! Ele pediu nossa mão ao Pai! O casamento de Cristo e sua igreja é mais aguardado e esperado que qualquer outro que já houve ou haverá! todos esperam o bem-aventurado dia em que Cristo descerá das nuvens para buscar os que são seus. Ele disse: "Não beberei mais deste fruto da videira até aquele dia, em que o beberei de novo convosco no Reino de Deus" (Mc. 14:25). Cristo está aguardando para brindar com sua noiva. E a noiva, suspirante, clama: Maranata, Ora vem, Senhor Jesus!

Cleison Brugger
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